Os servidores do Poder Judiciário da Bahia decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (11), no Ginásio dos Bancários, em Salvador, manter a greve da categoria por tempo indeterminado. O movimento foi iniciado no dia 12 de maio e é coordenado pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud).
Durante o encontro, o presidente do Sinpojud, Manuel Suzart, apresentou um relatório sobre a reunião com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), ocorrida no último dia 6. Segundo Suzart, o TJBA alegou que a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) é inviável neste momento, em razão do artigo 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que trata do limite de despesas com pessoal.
A justificativa foi rebatida pelo sindicato, que a classificou como mais um entrave à valorização dos servidores. Após amplo debate, a categoria deliberou por manter a paralisação até que uma nova proposta seja apresentada. A expectativa é de que o TJBA se manifeste até a próxima sexta-feira (13), quando uma nova assembleia será realizada para definir os próximos passos do movimento.
“O PCCV tramita desde 2018 e foi aprovado por unanimidade no Plenário. Não aceitaremos mais desculpas. Só recuaremos com uma proposta concreta e respeitosa aos nossos direitos”, afirmou Suzart. A diretora de Finanças do Sinpojud, Maria José Silva (Zezé), reforçou o apelo à união dos servidores da capital e do interior. “Essa luta é de todos. Só com engajamento e firmeza conquistaremos a valorização que merecemos.”
O Sinpojud informou que seguirá acompanhando os desdobramentos das negociações e divulgará em breve informações sobre a próxima assembleia.