VICE-PREFEITO DE CIDADE DA BAHIA E OUTRAS TRÊS PESSOAS SÃO PRESAS EM OPERAÇÃO DA PF CONTRA DESVIO DE EMENDAS PARLAMENTARES

A Operação Overclean, deflagrada nesta segunda-feira (23) pela Polícia Federal, desvendou um esquema de desvio de recursos públicos envolvendo o vice-prefeito de Lauro de Freitas, Vidigal Cafezeiro, e outras três pessoas. Eles foram presos sob suspeita de envolvimento em fraudes relacionadas ao desvio de dinheiro de emendas parlamentares.

As emendas parlamentares são recursos destinados aos municípios e estados, indicados por deputados e senadores para financiar projetos em suas bases eleitorais. Neste caso, os recursos estavam sendo direcionados de forma irregular para empresas e indivíduos ligados às administrações municipais, como parte de um esquema criminoso estruturado. A investigação revelou que o dinheiro era desviado por meio de contratos superfaturados com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

A operação resultou na prisão dos suspeitos e no cumprimento de dez mandados de busca e apreensão em várias cidades da Bahia e em Brasília, além do bloqueio de bens dos envolvidos. Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, e lavagem de dinheiro. Estima-se que o valor movimentado no esquema seja de aproximadamente R$ 1,4 bilhão.

Este desvio de recursos públicos destaca a complexidade e a gravidade do esquema, com impactos significativos nos fundos destinados ao desenvolvimento regional e no uso ilícito do orçamento público.

Além de Vidigal Cafezeiro (Republicanos), também foram presos Lucas Moreira Martins Dias, secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista, Carlos André de Brito Coelho, ex-prefeito de Santa Cruz da Vitória, e o policial federal Rogério Magno Almeida Medeiros. Também houve o afastamento de Lara Betânia Lélis Oliveira, servidora da Prefeitura de Vitória da Conquista.

A organização criminosa utilizava um esquema estruturado para desviar recursos públicos, provenientes de emendas parlamentares e consórcios, que eram direcionados para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.

As investigações constataram a prática de superfaturamento em obras e desvios de recursos com o apoio de interlocutores que facilitavam a liberação de verbas destinadas a projetos previamente selecionados pela organização criminosa.

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