Após senadores pressionarem o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre sua posição em relação ao uso de cloroquina no tratamento contra a Covid-19, o Ministério da Saúde retirou do ar um documento que servia como orientação para a prescrição do medicamento que não possui eficácia comprovada contra a doença.
A Nota Informativa nº 17, que estava disponível desde julho do ano passado, definia regras para que os médicos pudessem prescrever cloroquina ou hidroxicloroquina a seus pacientes acometidos com a Covid-19, além de frisar que cabia a ele decidir se receitaria ou não o medicamento, e exigir do paciente a assinatura de um termo aceitando o tratamento.
Em nota, o ministério confirmou a suspensão do arquivo e justificou que ele está passando por uma atualização. “O documento está em fase final de elaboração e, em seguida, será enviado à Comissão de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) para deliberação”, diz o texto.
A Conitec foi citada por Queiroga diversas vezes durante seu depoimento na CPI da pandemia, na última quinta-feira (6). Ao se recusar a definir uma posição sobre a prescrição do medicamento, ele disse que se posicionaria no momento oportuno, que seria após avaliação da Conitec.