O médico Eduardo Santana Ribeiro, ginecologista e obstetra, conhecido na cidade de Entre Rios e nas cidades vizinhas, atende há anos na região, chegou dos Estados Unidos no dia 8 de março e voltou a atender no dia 11, pode ter contaminado pelo menos 90 pessoas.
Já com o caos instalado no Brasil, a recomendação é de isolamento daqueles que retornam de viagem, é o que se espera pelo menos, mas não foi o caso do médico, que deveria servir de exemplo, e resolveu atendeu pacientes de Acajutiba, Cardeal da Silva, Catu, Esplanada e da própria Entre Rios.
Eduardo teve contato com pelo menos 90 pessoas até manifestar sintomas da doença, durante o atendimento em Entre Rios. O número total, porém, pode ser muito maior, já que três cidades não divulgaram a quantidade. Só em Catu foram 55 pessoas, de acordo com a assessoria da prefeitura da cidade. A lista inclui até mesmo a secretária de Saúde do município, hoje em isolamento.
Só na cidade de Entre Rios, no dia 18, o medico teria tido contato com 38 pessoas, entre pacientes atendidos e funcionários da clínica particular onde ele trabalhava.
A situação é tão grave, que nesta segunda-feira, 23, em entrevista a TVE, o Governador Rui Costa que o estado vai processar o médico. As medidas que estão sendo tomadas pelo Governo é mobilizando os gestores das cidades para identificar e localizar todos os pacientes atendidos pelo médico, além de outras pessoas que eventualmente tiveram contato com ele.
Em nota, o médico e seu advogado informara que a determinação de isolamento devido a viagens internacionais por parte do Ministério da Saúde só aconteceu no dia 13 de março, quando ainda não havia manifestado nenhum sintoma.
“Ocorre que, não tendo apresentado nenhum sintoma descritivo na cartilha da OMS e não tendo entrado em contato, de modo consciente, com alguém testado positivo, continuou com sua atividade de trabalho, com a anuência das prefeituras sob a qual (sic) estavam cientes da viagem feita pelo médico”, diz a nota.
Todas as pessoas que foram identificadas nas cidades em que o médico fez atendimento estão em quarentena, sendo monitoradas. As cidades estão em pânico, principalmente pelo fato de serem cidade pequenas, sem infra estrutura.
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