Diferente do alegado pela polícia, testemunhas informam que o Jovem Vitinho foi levado algemado pela polícia como “suspeito de crime”, e teria sido torturado e morto pela polícia.
A operação coordenada pelas policias Civil, Militar e Federal, ocorrida na noite de sábado (10), no vilarejo de Caraíva, em Porto Seguro, contra o tráfico de drogas, trouxe inúmeros transtornos para os moradores.
O alvo do operação seria um criminoso chamado “alongado”, procurado por tráfico de armas, drogas, homicídios, roubo e lavagem de dinheiro. Ele teria morrido nesta ação policial. A polícia alega que neste dia, o jovem conhecido como vitinho, estava armado, teria reagido a abordagem, e foi atingido por um disparo de arma, e não resistiu.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) constatou que o corpo possuia fraturas múltiplas no tórax, hematomas no rosto, hematomas na parte interna da boca, um ferimento de arma branca na costela que atingiu o coração e um tiro de arma de fogo na jugular que perfurou de cima pra baixo.
O advogado da família do jovem afirma que, pouco antes da operação, as câmeras da travessia do Rio foram desligadas e os policiais apreenderam imagens das câmeras dos estabelecimentos comerciais da região, dificultando o esclarecimento dos fatos.
Após a morte de Victor, moradores fizeram um grande protesto na manhã desta segunda-feira (12). Pessoas próximas ao jovem criaram a página “Justiça por Vitinho” no Instagram para denunciar o caso. Com depoimentos emocionantes, muitos jovens, amigos de Vitinho, falaram sobre sua alegria e a falta que fará na Barra de Caraíva, onde trabalhava. “ Vitinho foi mais um jovem preto, vítima de uma sociedade racista,” disse um dos amigos.
Victor Cerqueira Santos Santana, tinha 28 anos, trabalhava como guia em passeios de lancha, buggy e cavalo em Caraíva. Ele também oferecia tours na comunidade indígena de Xandó, na vila da cidade e nas festas da região.