FUNDADOR DA RICARDO ELETRO É PRESO POR SONEGAÇÃO FISCAL

Uma grande de operação de combate a lavagem de dinheiro e sonegação fiscal foi realizada na manhã desta quarta-feira(8),  pela Polícia Civil, Receita Estadual e Ministério Público de Minas Gerais.

A operação batizada de “direto com o dono” ocorreu em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e de São Paulo.14 mandados de busca e apreensão e três de prisão em cidades da foram cumpridos, visando empresários ligados à rede de varejo especializada em eletrodomésticos Ricardo Eletro, que resultou na prisão  do fundador da empresa, Ricardo Nunes.

Por volta das 10h, Ricardo Nunes estava em uma delegacia de São Paulo. De lá, embarcaria em um avião para Belo Horizonte, escoltado pela força-tarefa.

O investigado se apropriou indevidamente do tributo. Em contrapartida, seu patrimônio só crescendo”, disse o delegado Vitor Abdala.

A filha de Ricardo, Laura Nunes, também foi presa, na Grande BH. Há ainda um mandado de prisão em aberto para diretor superintendente da Ricardo Eletro, Pedro Daniel Magalhães, em Santo André (SP). Até as 8h, ele estava foragido. Um mandado de busca e apreensão foi expedido para Rodrigo Nunes, irmão de Ricardo.

De acordo com o MPMG, a rede de varejo cobrava dos consumidores, embutido no preço dos produtos, o valor correspondente aos impostos, mas não fazia o repasse. O órgão informou ainda que a empresa se encontra em situação de recuperação extrajudicial, sem condições de arcar com dívidas.

Os bens imóveis de Ricardo Nunes não estão registrados no nome dele, mas de suas filhas, mãe e de um irmão. Ainda segundo a força-tarefa, o crescimento do patrimônio individual do principal sócio ocorreu na mesma época em que os crimes tributários eram praticados, caracterizando lavagem de dinheiro.

Além dos mandados de prisão, a Justiça determinou o sequestro de bens imóveis de Ricardo, avaliados em cerca de R$ 60 milhões, para ressarcir danos causados ao estado de Minas Gerais.

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