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BAIANAS CRIAM PRIMEIRO ABSORVENTE BIODEGRADÁVEL DO BRASIL.

Três mulheres se conheceram em um programa gratuito de formação de lideranças e criaram a EcoCiclo, empresa que lançou o primeiro absorvente biodegradável do Brasil.

A ideia é desenvolver um produto mais barato que o tradicional, com decomposição na natureza mais rápida e que traga mais benefícios à saúde das usuárias.

Hellen Nzinga, é baiana e gestora de projetos, e conheceu Patricia Zanella e Karla Godoy, responsáveis pelo marketing e pela gestão financeira do produto, no programa Prolíder, em São Paulo, há dois anos. A quarta integrante é Adriele Menezes, que também mora em Salvador, engenheira química e amiga de Hellen, que foi convidada para assumir a questão mais técnica do produto.

Hellen informa que “Um absorvente normal é feito de plástico, derivado do petróleo, ou seja, ele demora de 100 a 500 anos para se decompor e é tóxico, porque é um plástico, então pode causar doenças, infecções e alergias”.

O absorvente da EcoCiclo é feito de material biodegradável que leva até seis meses para se decompor em descarte comum. Também é atóxico e hipoalérgico, não traz malefícios à saúde, custando apenas R$ 10,00.

O grupo fez um pedido de patenteação e o resultado deve sair em junho, apesar da demora, o direito do produto já é do grupo, pois o critério para criar a patente é ordem de chegada.

Após lançar o absorvente, as co-fundadoras da EcoCiclo lutam para conseguir um financiamento. O grupo fez uma vaquinha coletiva, com o intuito de conseguir R$ 20 mil, mas lucrou cerca de R$ 8 mil. O dinheiro foi devolvido para as 69 pessoas que participaram das doações.

Em entrevista, as meninas relataram do machismo ao tentar contratar um homem para construir a máquina de fazer absorventes.

“A gente ia até as lojas, até os torneiros e eles esperavam qualquer coisa, menos que nós estávamos indo contratar um serviço. Então, eles mal levantavam das cadeiras ou perguntavam se a gente estava procurando algum parente ou se a gente estava perdida, mas jamais de que a gente queria contratar o serviço deles”

O grupo ainda busca, através de financiamento coletivo, arrecadar mais R$ 10 mil reais para investir na empresa.

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