O empresário Cláudio Vale, filho da desembargadora do TJ/CE, Iracema do Vale, ex-conselheira do CNJ, que estava no casamento realizado no dia 7 de março, no resort de luxo em Itacaré, já tinha conhecimento de que convidados já estariam contaminados no ambiente quando chegou ao São Paulo.
Diante do ocorrido, o empresário fez exames no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, e mesmo em meio a todo caos mundial diante da pandemia causada pelo Covid-19, resolveu chamar alguns amigos e viajar para Trancoso, distrito de Porto Seguro .
Vale ressaltar que a influencer Gabriela Pugliesi, que mora em São Paulo, e também estava presente no casamento, postou em suas redes sociais que foi ao Hospital Albert Einstein, na capital paulista, após ter tosse e febre, na noite de terça-feira (10), cerca de três dias após o casamento.
Claudio Vale, contudo, por meio de um advogado, afirmou “estar apenas assintomático, não estava com suspeita, e não tinha recomendação pra ficar em casa, já que a mesma se daria a partir do momento que confirma o diagnóstico e quando ele recebeu a confirmação, entrou em contato com a Secretária de Saúde do município”.
O que se sabe é que um dos funcionários contratados para prestar serviço ao empresário na residência em Trancoso teria ouvido o mesmo “zombar” de estar com o coronavírus, quando então, este funcionário entrou em contato com a secretaria do município e realizou a denúncia.
Ele contaminou pelo menos outras três pessoas: sua esposa Renata, uma amiga e um funcionário contratado para servir a ele e aos amigos hospedados.
O empresário já sabia das pessoas contaminadas no casamento, fez o exame, e irresponsavelmente, como ponderou o Governador da Bahia, colocou em Risco a saúde de outras pessoas. Razão pela qual responderá por processo que já foi aberto pela procuradoria do Estado em conjunto com o Ministério Público.
Após a grande repercussão e repreensão do Governador do Estado, o Empresário e sua esposa fizeram uma carta aberta tentando arranjar uma desculpa pelo ocorrido.
As recomendações de pessoas que tenham tido contato com alguém infectado é de “isolamento, que deverá ser em ambiente domiciliar, podendo ser feito em hospitais públicos ou privados, conforme recomendação médica, por um prazo de 14 dias, podendo ser estendido por até igual período dependendo do resultado do exame laboratorial”.
O advogado afirma que: “Ele está com o vírus e está muito abalado, ainda mais por estar sendo atacado”, disse o advogado, que também está em isolamento domiciliar, mas em São Paulo, onde reside.
Parece que a realidade dos fatos não condiz com o vitimismo que estão querendo apresentar ao advogado, que não se importou com qualquer pessoa próxima, tão pouco obedeceu as recomendações emitidas pela OMS.
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