OPERAÇÃO DA PF BUSCA ADVOGADOS DE LULA, WITZEL E BOLSONARO

Ocorreu nesta quarta-feira (9), uma operação da Policia Federal que investiga desvio de pelo menos R$ 150 milhões de erais por escritóridos de advocacia no Rio de Janiero e São Paulo.

Os advogados Frederick Wassef (que representou a família Bolsonaro), Ana Tereza Basílio (Wilson Witzel) e Cristiano Zanin e Roberto Teixeira (Lula) são alvos de nova fase da Lava Jato.

A Operação nomeada de ” E$quema S ” investiga desvios de pelo menos R$ 150 milhões do Sistema S – que engloba Fecomércio, Sesc e Senac. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), alguns dos pagamentos foram “sob contratos de prestação de serviços advocatícios ideologicamente falsos”, sem contratação formal e sem critérios técnicos, como concorrência ou licitação.

A operação é baseada em uma delação premiada de Orlando Diniz, ex-presidente da seção fluminense do Sistema S preso por lavagem de dinheiro, corrupção e integrar organização criminosa.

O juiz federal Marcelo Bretas expediu 50 mandados de buscas e apreensões e aceitou a denúncia do MPF, tornando rés 26 pessoas, sendo a maioria advogados.

De acordo com o MPF, entre os alvos está o escritório Teixeira, Martins Advogados, do advogado Roberto Teixeira, sócio de Cristiano Zanin Martins, o responsável pela defesa criminal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outro alvo é o escritório do advogado Frederick Wassef, ligado à família do presidente Jair Bolsonaro. O advogado Wassef defendia o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) até junho deste ano no caso das rachadinhas no MP-RJ. Ele saiu depois que Fabrício Queiroz foi preso em sua casa em Atibaia, no interior de São Paulo.

Além deles, os escritórios da ex-primeira-dama do Estado do RiocAdriana Ancelmo, Eduardo Martins,  Ana Tereza Basilio, advogada do governador Wilson Witzel no processso de impeachment, Tiago Cedraz e Cesar Asfor Rocha também estão entre os investigados.

 

A Lava Jato apurou que as entidades do Sistema S teriam destinado pelo menos metade do seu orçamento anual a contratos com escritórios de advocacia. A força-tarefa aponta que essas entidades do RJ gastaram R$ 355 milhões com advocacia, dos quais “ao menos R$ 151 milhões foram desviados”.

Em nota o advogado Cristiano Zanin chamou a operação de “atentado à advocacia e retaliação”.

A iniciativa do Sr. Marcelo Bretas de autorizar a invasão da minha casa e do meu escritório de advocacia a pedido da Lava Jato somente pode ser entendida como mais uma clara tentativa de intimidação do Estado brasileiro pelo meu trabalho como advogado, que há tempos vem expondo as fissuras no Sistema de Justiça e do Estado Democrático de Direito”, afirma o advogado.

Ele afirmou ainda que o juiz Marcelo Bretas é ligado ao presidente Jair Bolsonaro e que ‘sua decisão está vinculada ao trabalho desenvolvido em favor de um delator assistido por advogados ligados ao Senador Flavio Bolsonaro’

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