No período em que as praias do nordeste foram atingidas pelo vazamento de óleo que comprometeu a venda do pescado, o Governo Federal anunciou que os pescadores receberiam em caráter emergencial um valor extra de auxílio defeso para completar a renda. O problema é que as parcelas estão atrasadas e muita gente sequer recebeu.
Em Porto Seguro, 350 pescadores e marisqueiras ligados à Colônia Z22 fizeram o cadastro com a Bahia Pesca no período determinado pelo governo, porém para a maioria o dinheiro ainda não foi creditado.
Uma das explicações é que o Ministério da Agricultura só concede o benefício aos trabalhadores cadastrados no Registro Geral da Pesca (RGP), cujo reconhecimento de novos profissionais está parado desde 2012, simplesmente porque a secretaria de pesca parou de emitir a carteira.
Mesmo assim, entre os 240 pescadores que estão com a carteirinha regular, apenas 60 % até agora recebeu a primeira parcela do benefício.
O presidente da Colônia de Porto Seguro, Pedro Menezes, declarou que deve buscar a justiça para resolver a situação.”Não existe um órgão que a gente possa cobrar para dar uma resposta à essas pessoas que estão com dificuldade. Não existe nem sistema para consultar quando o valor será pago. Vamos nos reunir essa semana para reivindicar os direitos judicialmente.”
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