Em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (15), os aeroportuários que trabalham no Aeroporto de Porto Seguro estão reivindicando o reajuste salarial de acordo com a inflação, reajuste dos benefícios e retorno da carga horária para o turno de 6 horas. Com apoio do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), os trabalhadores também avaliam a possibilidade de buscar meios legais para deflagrar uma paralisação das atividades, caso não haja acordo.
Essa primeira assembleia contou com 65 participantes, que representam as atividades de agente de segurança da aviação, supervisor de ponto de controle, serviços gerais, manutenção elétrica, manutenção hidráulica, fiscais de pátio, jardinagem e auxiliar de operações. Todos são funcionários da Sinart, empresa que administra o aeroporto.
De acordo com o representante da categoria dos aeroportuários, a carga horária durante a pandemia passou de 6 para 8 horas de trabalho, porém era uma mudança por conta do estado de emergência em saúde. Agora, com a normalização das operações, eles pedem o retorno para 6 horas, o que ainda não foi feito pela empresa administradora. Com relação aos reajustes salariais e de benefícios, eles cobram a equiparação com a inflação.
O representante da diretoria da Sinart em Salvador, Felipe Lino, informou que a empresa sempre manteve boas relações com o sindicato e os profissionais em Porto Seguro e que acredita em uma “solução madura” para o impasse. “Estamos abertos ao diálogo, no entanto, temos esse impasse com relação à carga horária, pois uma redução da jornada também implica em uma diminuição do salário”, explicou, afirmando que assim que receber a pauta das reinvindicações, irão seguir para as devidas negociações com os representantes.
Uma possível redução ou paralisação nas atividades do Aeroporto de Porto Seguro pode acarretar em consequências por todos os aeroportos do Brasil, já que trabalham de forma interligada através de escalas e conexões de voos.