Um exemplar raríssimo de harpia (Harpia harpyja), a maior águia das Américas, foi fotografada próximo ao seu ninho na região do município de Belmonte, no sul baiano. A presença da ave tem imenso valor, pois a espécie corre risco e é extremamente rara na Bahia. O ninho da ave foi encontrado pelo Projeto Harpia em uma fazenda, após o filhote ter sido avistado pelos proprietários da área.
A ave é nativa das florestas tropicais das Américas Central e do Sul. No Brasil, as regiões da Amazônia e da Mata Atlântica são hábitats para a espécie, que depende de grandes regiões de floresta para sobreviver e é muito sensível aos impactos sobre a natureza, principalmente o desmatamento e a caça.
A harpia fotografada é uma fêmea jovem, com aproximadamente 1 ano e meio de vida. Nessa fase de amadurecimento, os filhotes voam em áreas próximas ao ninho onde estão os pais e ainda dependem de seus cuidados. Geralmente, as harpias colocam de um a dois ovos, mas apenas um sobrevive.
Os pais tomam conta dele por cerca de dois a três anos, mesmo que já esteja voando e experimentando caçar sozinho. Por isso, a reprodução da harpia é lenta, o que faz com que a ave corra ainda mais risco de desaparecer